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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Escuridão

Bem vindo a escuridão meu velho amigo;
Essas vozes que não se calam,
Eu queria poder ouvir o som do silêncio pela última vez;
Mas eu corro em círculos tentando voltar ao passado;
Um passado distante onde éramos melhores;
A única preocupação era a próxima música a ser tocada;

Agora vejo essa fumaça espessa, vejo como tudo mudou;
No meio da estrada encontrei um homem que me disse:
_ não desista dos seus sonhos, lute até o fim...
mas meu velho amigo, eu não desisti de meus sonhos....
eu apenas não sonho mais....
aquela chuva que cai sobre mim, o barulho dos trovões,
me faz recordar meu tempo de criança,
quando se tinha medo de trovões e do escuro...
hoje meu velho amigo, os medos são bem piores...

as vozes fazem a minha cabeça doer;
eu queria tanto escutar o som do silêncio,
mas, meu velho amigo, creio que não será possível....
já estou cansado de correr em círculos;
o passado não volta e o futuro talvez não venha,
meu velho amigo, correr já não adianta;
fugir, eu não sei....
mas você ainda pode ouvir o silêncio meu velho amigo,
me diga o que ele te contou;
me diga pois eu já não posso;
meu velho amigo, você não imagina como é aqui,
mas é melhor nem saber....
já vai amanhecer e eu sei que tens de partir,
mas eu não consigo vê-lo muito bem....
Adeus meu velho amigo....

Além do país das maravilhas

Loucos estamos nós,
Loucos estamos sós,
Embriagados e famintos,
Famintos de adrenalina,
Ou qualquer coisa
Que nos deixe entorpecidos,
Álcool, fumo ou mulher......
Venha a mim....
Não nessa onda....
Ou nessa mesma se quiser...
Venha a mim como líquido, brasa ou fogo,
Ou como teorias se quiser,
Mas me liberte por um instante,
Desse mundo “real”....
E me leve além do país das maravilhas,
Onde encontre patos loucos
E bunecumbas valentes....
Sempre ao meu lado......
Num momento de loucura e paz....
O silêncio reina absoluto..
Vimos um mundo novo
Um mundo que é nosso....
Nosso mundo novo...
(e a fumaça ainda paira no ar)
(e eu não consigo parar de “pensar”)

PEO

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Onde Deus possa me ouvir....

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?Sair chegar lá fora e encontrar alguémQue não me dissesse nadaNão me perguntasse nada tambémQue me oferecesse um colo ou um ombroOnde eu desaguasse todo desenganoMas a vida anda loucaAs pessoas andam tristesMeus amigos são amigos de ninguém.Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?Morar no interior do meu interiorPra entender porque se agridemSe empurram pro abismoSe debatem, se combatem sem saberMeu amor...Deixa eu chorar até cansarMe leve pra qualquer lugarAonde Deus possa me ouvirMinha dor...Eu não consigo compreenderEu quero algo pra beberMe deixe aqui pode sair.
Adeus...




Vander Lee

domingo, 16 de novembro de 2008

tem dias em que a gente acorda sem querer acordar,
imagine se esses dias forem todos....
tem dias em que você olha pro céu e vê que ele não é mais azul
quando era na sua época de criança...
tem dias em que você pensa que 'hoje' tem tudo pra dar certo,
tudo dá errado.....
tem dias em que você pensa agora fudeu tudo,
mas em outros você não pensa, você tem certeza....
talvez a solução seja ir para outras dimensões, galáxias distantes,
planetas desertos.....
mas não só por um instante....
ir para sempre, e não venha me dizer que para sempre sempre acaba...
pois é as fugas reais se tornam cada vez mais inevitáveis,
e algum dia não retornável....
mas, tem dias...

sábado, 15 de novembro de 2008

"...e se eu fosse embora agora, será q você entenderia
há um tempo certo para tudo, cedo ou tarde chega o dia..."

E.H.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Na porta da desgraça.....

Não há sentido nas idéias,
Não há sentido na leveza,
Não há saudade que se cure sem um pouco de drogas na cabeça.....

Não há sonho nas palavras,
Não há sangue no nariz,
Não há outra dormência que me faça
ser um pouco mais feliz.....

Não há linha mais brilhante
que a areia da praia se converte,
Mas o sol crispou meu rosto,
E dei 4 tiros num corpo inerte....

Não há perigo no espelho,
Não há perigo na cachaça...
Foram apenas 4 batidas secas...
...na porta da desgraça....

"TEORIAS"

Os versos velhos que escrevemos a algum tempo atrás
Regados a bebidas e cigarros
São marcados para sempre por uma amizade
Aqueles versos velhos tão velhos quanto a gente,
Tão sinceros, tão sarcásticos, tão irônicos e tão loucos, tão loucos quanto a gente....

Pois ao ver a lua eles me vem a mente
E o meu corpo treme, e o meu corpo treme....

Talvez porque eu já fui feliz,
Talvez porque eu nunca fui feliz,

Ao menos o instante, paraliticamente
Como a alegria vista nos rostos,
Alegria incontida de momentos fantásticos
E fugas reais, fugas reais.......

Ouvir o silêncio e imaginar – se pulando de prédios,
Ver as luzes do inconsciente,
Teoria de momentos,
Onde se esquece da dor do mundo, onde se esquece que lá fora....
O mundo ainda é o mundo....

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

“Não é um dia bom....”

Um extremo ato de coragem de um covarde,
Uma tentativa de fuga por meios fulgases,
e tentativas incessantes, cortes malfeitos,
sangue derramado em vão, nem um último ato ele fez direito...
coragem ou covardia? Se pergunte, se questione....
e pare de fazer asneiras com sua vida,
afinal, morrer não é tão fácil assim, e você não é tão forte assim,
para agüentar esse peso...
então pare de fazer esses cortes, suas cicatrizes não convencem mais, na sua dor nem mesmo você acredita, não me venha com overdoses, com desculpas sobre sua vida, você não vê que não consegue? Você não vê que é apenas um suicida de boutique? Um retrato de um mundo falido que não consegue domar seus medos, e tenta fugir sem conseguir achar o caminho, enquanto você tenta chamar atenção, então não tente se matar, pelo menos essa noite não...
não é um dia bom....

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Solidão

A noite quente só me faz lembrar
do calor do teu corpo junto ao meu,
como fossemos um só,
dos seus sussurros em meu ouvido,
das noites longas de gostosas conversas
e ardentes e perfeitos momentos...
Mas agora na solidão desse quarto escuro,
Com meus medos a me assombrar,
E uma dor incessante em meu peito,
Sem saber onde você está,
Como está...
A solidão me assusta, então,
Com meus olhos inchados ,
Apenas adormeço ao som
Das lágrimas....
...de um palhaço...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"SENTIDOS INERTES"

Escrevo sentidos, sentidos inertes na escuridão,
paralisados de medo e temor...
Inconstantes, inconscientes, platonicamente banais...

Sentidos perdidos numa noite fria,
Onde minha respiração me incomoda,
E o bater do meu coração perece o ressoar
De 10 mil tambores de soldados anunciando a guerra.

Sentidos falhos cheios de sentimento,
Sentimentos anárquicos que confundem a si mesmo,
Que tentam revolucionar a própria revolução,

Sentimentos que não funcionam bem junto aos sentidos.
Sentidos que sentem cruelmente
cada toque ou cada não me toque
e simplesmente transmitem a alma
o que ela deve saber ou não.

Sentidos, nesse momento
apenas sentidos inertes...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"...eu não sou nada,
nunca serei nada,
jamais poderei querer ser nada,
aparte isso,
tenho em mim todos os sonhos do mundo..."
[mas somente isso é o que tenho sonhos]

Fernando Pessoa

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Rasgue as cartas, corte os pulsos,
deixe pra lá tudo que você quase conseguiu mais uma vez,
deixe escapar todos os seus sonhos e planos tolos entre os dedos,
esses dedos que sangram, mas o corte é mais profundo do que parece,
e eu preciso continuar a escrever essas letras mal feitas...
mas a dor é maior do que parece, e se não parece eu queria que desaparecesse...
desapareceria eu se pudesse, desse mundo pra sempre,
mas será que pra sempre é tempo demais?
será que agora a poça de sangue no chão já secou?
será que já cicatrizou?
será que alma cicatriza?
mostre as verdades agora e verá que não é nada,
talvez apenas um ser a quem demonstram um pouco de compaixão e pena;
louco, já me disseram, não sei mais o que dizer...
chega um ponto em que minhas letras, minhas músicas, minhas idéias
já não fazem mais sentido, ou fazem sentido até mais que antes;
minhas mãos talvez ainda tenham conserto, mas acho que minha alma não;
diga a verdade, diga tudo que queres, que sentes, pare de pensar....
eu não aguento mais....agonia...solidão....loucura...
minhas mãos tremem, e a dor ainda é maior do que parece,
e toda minha vida, tudo que quase tive, tiraram de mim....
porque não tiram essa dor, agonia e solidão também?
porque não me levam daqui também?
Queria que fossem verdade os sonhos que tenho,
queria boas notícias ao menos uma vez,
queria escrever coisas alegres, sobre um dia bom,
uma noite especial como a que te conheci, ou te reencontrei...
mas sonhos nesse mundo, são apenas sonhos,
talvez eu tenho que entender e parar de correr atrás....
talvez eu devesse deixar de sentir e começar a pensar,
mas só talvez...
em um mundo de sombras onde se vive de sobras de esperança,
nessa humanidade cada vez mais desumana...
o meu orgulho me tenta a parar de lutar,
mas meu coração insiste, apesar de fraco e cansado....
nesses versos medíocres e mal traçados que escrevo
deixo minha alma...
mas e daí?

sonhos, são apenas sonhos,
palavras, apenas palavras....

a realidade é outra....
"Respostas"

Por mais que eu tente respeitar suas decisões
por mais que eu tente escrever outras canções,
as coisas não são bem assim, não são bem assim...
todo tempo leva um tempo
o pensar e o sentir....
nada mais é como antes, e antes foi...
a muito tempo atrás
só queria não ter que esperar demais, mais uma vez...
mais uma vez.....

enquanto eu pulo de precipícios
enquanto eu fujo do fundo do abismo...
...onde você está?

com as lágrimas das minhas canções
sem saber o que dizer
eu que pensava sempre ter todas as respostas pra você,
eu que pensava te proteger
me protegia em você

mais uma lágrima caiu ao chão
mais uma marca no coração,
correr, fugir, tentar escapar....
pensar, pensar, mas sempre....sempre...
sempre acabar lá.....
no mesmo lugar......

domingo, 12 de outubro de 2008

"PERDENDO OS SENTIDOS"

Mais uma noite sozinho pela cidade,

uma garrafa na mão....um vinho....uma saudade,

um poeta no chão de um bar, louco

uma garota no palco a cantar rock n' roll..

ando sem rumo perdido,

a solidão a me procurar,

me perco sozinho no frio

num quarto escuro

e a luz nem acende

será que você me prende?

eu não ouço mais meus gritos,

eu não ouço mais meus gemidos,

um poeta no chão de um bar, louco
uma garota no palco a cantar rock n' roll..

e eu perdendo o rumo a procura de mim

a procura do mar,

numa cidade sem lar

já perdendo o caminho

já perdendo os sentidos......

já ficando sem ar.....